Opinião impopular: autista grau 1 deveria ter cotas SEPARADAS das de PCD.

Pra início de contexto, antes que digam para eu "estudar mais", tenho 2 bacharelados, sou Doutor em políticas públicas e sou servidor de nível superior no judiciário federal há 5 anos e estou no serviço público há 14, já estou no meu cargo fim e consegui comprar todas as coisas que queria, além de ter descoberto recentemente que sou autista.

Sei que aqui é cheio de autistas e vão citar que "ah, porque temos muitas dificuldades sociais, sensoriais, entre outras, somos PCD". Sim, é verdade, mas, falando por mim, eu acharia injusto caso, nos concursos em que fui aprovado dentro do número de vagas (5, pra ser mais específico), eu estivesse disputando com uma pessoa amputada que nunca teve condições na vida, por exemplo, e que até o acesso à educação é prejudicado pela falta de acessibilidade. Já fui servidor efetivo no IBGE e posso afirmar que o número de pessoas autistas nas cotas PCD cresceu exponencialmente com os anos — aí eu te pergunto, isso beneficia a quem? Se você pegar 200 inscritos pcd em uma prova, 190 vão ser autistas.

O certo seria criar um percentual APENAS para autistas, já que muitos são "crânios" e adoram disputar cargos de ponta com coleguinhas com mobilidade reduzida, cegos e entre outros. Onde fica o princípio da razoabilidade enquanto você, que mesmo vivendo em uma sociedade que não entende suas necessidades sensoriais, sociais e até mesmo o mercado de trabalho te exclui, continua, geralmente, tendo muito mais acesso à educação de qualidade razoável do que um cego ou um cadeirante? Chega a ser piada ver "autistas" (se é que são) fazendo prova para auditoria e tirando 95% (quando a ampla gabarita) só para tirar a oportunidade do coleguinha.

Vocês concordam?