Como efetivamente melhorar em Matemática

Vou relatar um pouco sobre como saí de 18 acertos no início deste ano, em um simulado, até 39/45 na prova de Matemática no meu primeiro Enem, além de tentar dar alguns conselhos que me ajudaram bastante.

Se não quiser ler minha historinha e ir para as dicas, pule para "Requisitos/informações prévias".

Meu contexto:

Eu estou concluindo o 4° ano do IF, nunca havia feito Enem e nem pretendia. Eu tive a sorte de, no ano em que consegui entrar no IFRN, o processo seletivo ter sido por histórico escolar, então nem o hábito de estudar para um vestibular ou coisa parecida eu tinha. Haviam dois monstros que me davam um certo receio de querer fazer o Enem: a redação e a prova de Matemática. O receio com redação eu tinha desde que soube o que isso era na prática. Já em Matemática, fui notando as dificuldades nos estudos iniciais, principalmente quando só acertei 18 questões no meu primeiro simulado. Se não me engano, era uma edição passada do Enem.

Meu material de estudos:

Tecnicamente, estudei por três cursinhos online, sendo que dois, por questões de sorte, eu consegui de graça.

O primeiro foi o Promedina, que é o do Proenem, mas, francamente, as aulas de Matemática eram bem ruins. Parecem algo para quem já é muito bom em Matemática e não para quem quer aprender do básico ao avançado, dentro do que o Enem exige.

O segundo foi o Radix. Não sei o quão conhecido esse cursinho é em outras regiões do Brasil, mas no RN é um curso muito bom para Matemática, só que bem caro. Eu tive sorte de ganhar uma bolsa gratuita que o cursinho liberou para alunos com baixa renda do IFRN.

Os módulos 1 e 2 estão liberados de graça no site do Radix.

O terceiro foi o do Ferreto, que uma amiga comprou e me deixou usar a conta dela para estudar. Praticamente, eu só usei o filtro de questões de Matemática, que é muito bom, sério mesmo.

Requisitos/Informações prévias:

Talvez meus conselhos sirvam para quem quer alto rendimento em tudo em um ano só, mas o meu foco será para quem só precisa melhorar Matemática, apenas ter um alto desempenho nessa disciplina, ou para quem tem muito tempo livre dedicado a ela.

Eu desaconselho estudar Matemática como se fosse uma matéria qualquer e esperar que saia 40+ nessa prova.

As minhas dicas miram nos 850~900 pontos, então coisas como estudar o que mais cai não são tão eficientes para isso. Se você busca isso, talvez, talvez mesmo, o XequematEnem gratuito do YouTube sirva. Chegar ao patamar de quase 900 pontos não é fácil, e eu adianto que, durante os estudos, eu fiz em torno de 3000 questões. Quem gabarita essa matéria não aprendeu com dicas, macetes e decorando questões padrões, no sentido de só ter feito algumas e ganhado 15 acertos a mais, como alguns gurus na internet dão a entender.

Dicas e conselhos:

Para quem quer desembolsar uma grana em algum cursinho de Matemática, que seja do Radix e/ou do Ferreto.

Para quem não tem tantas condições, eu sugiro ver os módulos gratuitos do Radix, usar sites como o Qconcursos para filtrar questões, o FGV Ensino Médio para realizar simulados e os aulões de Matemática do canal Umberto Mannarino no YouTube.

A teoria de Matemática é relativamente curta. Coloque em mente que você não vai aprender um assunto só vendo a aula teórica e fazendo duas ou três questões. O que você deve fazer é responder o máximo de questões do assunto até a exaustão, questões do Enem ou de um nível próximo, preferencialmente. "Ah, mas o assunto cai pouco". Faça até você fixar bem ou até mesmo gostar do assunto. E acredite: a desculpa de cair pouco, salvo algumas exceções de assuntos extremamente raros, é, na prática, uma forma de aceitar que você não é capaz de aprender, sendo que isso é uma inverdade.

Sobre como fazer questões efetivamente, eu sugiro que você use um relógio de pulso ou qualquer aparelho que não seja o seu celular ou computador para cronometrar o tempo que você resolve cada questão.

Até 1 min: questões teóricas ou de cálculos minúsculos.

1 a 2 min: questões fáceis ou médias rápidas.

2 a 3 min: questões fáceis demoradas, questões médias e questões difíceis rápidas.

Mais de 3 min: questões demoradas e difíceis.

Caso você acerte a questão, mas demore mais do que deveria, veja o que te fez demorar: interpretação lenta, contas erradas, cálculos desnecessários ou porque é simplesmente o primeiro contato com o conteúdo.

Caso você erre a questão, do mesmo modo, veja o que aconteceu: interpretação errada, cálculos equivocados ou falta de teoria.

Também há a situação em que você acerta, mas não está tão confiante. As razões podem ser as mesmas das duas primeiras.

Em qualquer um dos casos, você deve buscar formas alternativas de responder essa questão. Sempre há vários professores diferentes resolvendo o mesmo problema, além de que são essas ocasiões que mais contribuem para você aprender os famosos padrões de questões de maneira natural e não com decorebas. Haja vista que, de certa forma, ao demorar ou até mesmo errar uma questão, e depois revisá-la e refazê-la, cria-se mini traumas na sua cabeça que o impedem de cometer o mesmo erro novamente.

Sobre a ordem de estudos, eu aconselho seguir o que está na imagem: primeiro as bases e depois o topo. Este, teoricamente, pode ser em qualquer ordem, mas, por relevância de conteúdos, que seja da esquerda para a direita.

Se você quer efetivamente números, como ainda temos um ano até o Enem 2025, eu sugiro que faça em torno de, pelo menos, 50 questões do mesmo assunto por semana. Você pode aumentar esse número de acordo com a disponibilidade de tempo e a proximidade do Enem.

Sobre simulados de Matemática, eu aconselho fazer a cada duas semanas no início dos estudos, para você conhecer a cara do Enem, semanalmente quando estiver mais avançado e diariamente quando estiver bem próximo da prova.

Sobre estratégia de prova, eu indico no máximo 3h para Matemática. Sobre as ordens das questões, é basicamente o mesmo que sempre dizem: primeiro as fáceis e/ou rápidas, depois as médias e, por último, as difíceis. Para reconhecer essas questões, realmente é exigido que você tenha feito várias durante os estudos, além de conhecer mais ou menos a quantidade e a cara das questões de cada grau de dificuldade na prova do Enem.

Vou relatar um pouco sobre como saí de 18 acertos no início deste ano, em um simulado, até 39/45 na prova de Matemática no meu primeiro Enem, além de tentar dar alguns conselhos que me ajudaram bastante.

Se não quiser ler minha historinha e ir para as dicas, pule para "Requisitos/informações prévias".

Meu contexto:

Eu estou concluindo o 4° ano do IF, nunca havia feito Enem e nem pretendia. Eu tive a sorte de, no ano em que consegui entrar no IFRN, o processo seletivo ter sido por histórico escolar, então nem o hábito de estudar para um vestibular ou coisa parecida eu tinha. Haviam dois monstros que me davam um certo receio de querer fazer o Enem: a redação e a prova de Matemática. O receio com redação eu tinha desde que soube o que isso era na prática. Já em Matemática, fui notando as dificuldades nos estudos iniciais, principalmente quando só acertei 18 questões no meu primeiro simulado. Se não me engano, era uma edição passada do Enem.

Meu material de estudos:

Tecnicamente, estudei por três cursinhos online, sendo que dois, por questões de sorte, eu consegui de graça.

O primeiro foi o Promedina, que é o do Proenem, mas, francamente, as aulas de Matemática eram bem ruins. Parecem algo para quem já é muito bom em Matemática e não para quem quer aprender do básico ao avançado, dentro do que o Enem exige.

O segundo foi o Radix. Não sei o quão conhecido esse cursinho é em outras regiões do Brasil, mas no RN é um curso muito bom para Matemática, só que bem caro. Eu tive sorte de ganhar uma bolsa gratuita que o cursinho liberou para alunos com baixa renda do IFRN.

Os módulos 1 e 2 estão liberados de graça no site do Radix.

O terceiro foi o do Ferreto, que uma amiga comprou e me deixou usar a conta dela para estudar. Praticamente, eu só usei o filtro de questões de Matemática, que é muito bom, sério mesmo.

Requisitos/Informações prévias:

Talvez meus conselhos sirvam para quem quer alto rendimento em tudo em um ano só, mas o meu foco será para quem só precisa melhorar Matemática, apenas ter um alto desempenho nessa disciplina, ou para quem tem muito tempo livre dedicado a ela.

Eu desaconselho estudar Matemática como se fosse uma matéria qualquer e esperar que saia 40+ nessa prova.

As minhas dicas miram nos 850~900 pontos, então coisas como estudar o que mais cai não são tão eficientes para isso. Se você busca isso, talvez, talvez mesmo, o XequematEnem gratuito do YouTube sirva. Chegar ao patamar de quase 900 pontos não é fácil, e eu adianto que, durante os estudos, eu fiz em torno de 3000 questões. Quem gabarita essa matéria não aprendeu com dicas, macetes e decorando questões padrões, no sentido de só ter feito algumas e ganhado 15 acertos a mais, como alguns gurus na internet dão a entender.

Dicas e conselhos:

Para quem quer desembolsar uma grana em algum cursinho de Matemática, que seja do Radix e/ou do Ferreto.

Para quem não tem tantas condições, eu sugiro ver os módulos gratuitos do Radix, usar sites como o Qconcursos para filtrar questões, o FGV Ensino Médio para realizar simulados e os aulões de Matemática do canal Umberto Mannarino no YouTube.

A teoria de Matemática é relativamente curta. Coloque em mente que você não vai aprender um assunto só vendo a aula teórica e fazendo duas ou três questões. O que você deve fazer é responder o máximo de questões do assunto até a exaustão, questões do Enem ou de um nível próximo, preferencialmente. "Ah, mas o assunto cai pouco". Faça até você fixar bem ou até mesmo gostar do assunto. E acredite: a desculpa de cair pouco, salvo algumas exceções de assuntos extremamente raros, é, na prática, uma forma de aceitar que você não é capaz de aprender, sendo que isso é uma inverdade.

Sobre como fazer questões efetivamente, eu sugiro que você use um relógio de pulso ou qualquer aparelho que não seja o seu celular ou computador para cronometrar o tempo que você resolve cada questão.

Até 1 min: questões teóricas ou de cálculos minúsculos.

1 a 2 min: questões fáceis ou médias rápidas.

2 a 3 min: questões fáceis demoradas, questões médias e questões difíceis rápidas.

Mais de 3 min: questões demoradas e difíceis.

Caso você acerte a questão, mas demore mais do que deveria, veja o que te fez demorar: interpretação lenta, contas erradas, cálculos desnecessários ou porque é simplesmente o primeiro contato com o conteúdo.

Caso você erre a questão, do mesmo modo, veja o que aconteceu: interpretação errada, cálculos equivocados ou falta de teoria.

Também há a situação em que você acerta, mas não está tão confiante. As razões podem ser as mesmas das duas primeiras.

Em qualquer um dos casos, você deve buscar formas alternativas de responder essa questão. Sempre há vários professores diferentes resolvendo o mesmo problema, além de que são essas ocasiões que mais contribuem para você aprender os famosos padrões de questões de maneira natural e não com decorebas. Haja vista que, de certa forma, ao demorar ou até mesmo errar uma questão, e depois revisá-la e refazê-la, cria-se mini traumas na sua cabeça que o impedem de cometer o mesmo erro novamente.

Sobre a ordem de estudos, eu aconselho seguir o que está na imagem: primeiro as bases e depois o topo. Este, teoricamente, pode ser em qualquer ordem, mas, por relevância de conteúdos, que seja da esquerda para a direita.

Se você quer efetivamente números, como ainda temos um ano até o Enem 2025, eu sugiro que faça em torno de, pelo menos, 50 questões do mesmo assunto por semana. Você pode aumentar esse número de acordo com a disponibilidade de tempo e a proximidade do Enem.

Sobre simulados de Matemática, eu aconselho fazer a cada duas semanas no início dos estudos, para você conhecer a cara do Enem, semanalmente quando estiver mais avançado e diariamente quando estiver bem próximo da prova.

Sobre estratégia de prova, eu indico no máximo 3h para Matemática. Sobre as ordens das questões, é basicamente o mesmo que sempre dizem: primeiro as fáceis e/ou rápidas, depois as médias e, por último, as difíceis. Para reconhecer essas questões, realmente é exigido que você tenha feito várias durante os estudos, além de conhecer mais ou menos a quantidade e a cara das questões de cada grau de dificuldade na prova do Enem.