A idade mínima permitida para entrar num curso de nível superior deveria ser 25 anos.
Falo de todas as graduações.
É um surto coletivo colocar adolescentes que mal conseguem escolher a roupa que vão vestir para sair de casa e jovens adultos imaturos (muitas vezes pela falta de maiores responsabilidades ao longo do desenvolvimento) para decidirem algo de tamanha importância socioeconômica (vide o impacto que esses formandos têm na oferta de mão de obra do país) e importância pessoal para o indivíduo (vide a quantidade de pessoas que desistem dos cursos de graduação, ou se empregam em áreas que nada tem a ver com a área de formação ou são obrigadas a aceitar vagas com remuneração inferior a qualificação delas).
Após o ensino médio, o foco dos jovens deveria ser trabalhar, fazendo, no máximo, um curso técnico de até dois anos para funções mais técnicas. Isso os ajudaria a desenvolver a ética de trabalho, habilidades sociais e networking, resiliência emocional e todas as outras questões mais necessárias do que muitas graduações para ter uma carreira. Sem falar que isso aumentaria muito a produtividade do país, já que essa é a fase mais produtiva da vida de uma pessoa.
Esse tempo também seria suficiente para fazerem um bom pé de meia para chegarem aos 30 com dinheiro guardado e investido, com noções mínimas de economia básica, e não cheios de sonhos e dividas. Também seria um bom período pra quem quer se aventurar empreendendo, já que a juventude tende a ser um período mais seguro para tomar riscos, do que acabar tentando e falindo uma empresa aos 37.
Não tenho dúvidas que com essa idade e vivência a pessoa estaria muito mais capacitada para escolher o ramo acadêmico que ela deveria (ou não) se dedicar, caso ache necessário. Mas por algum motivo (máfia das uniesquinas - não tem outro explicação) a sociedade incentiva jovens inexperientes a se comprometerem por 4/5 anos em algo que eles nem sabem se querem fazer, mas que se sentem um fracasso se não fizerem e caem nessa por pressão social.