Animais selvagens não deveriam ser mortos após atacar seres humanos.

Em diversos lugares do mundo é comum que um animal, depois de atacar um ser humano, deva ser morto. Há casos em que essa ação é plausível, como quando um animal doméstico (ao qual o cuidado é de responsabilidade de uma pessoa e/ou habita área ocupada por seres humanos, apresentando risco de reincidência) ataca alguém ou quando um animal de ambiente não urbano invade o espaço urbano, apresentando risco confirmado e inevitável (a exemplo de predadores de grande porte).

No entanto, certas situações em que essa ação é aprovada não fazem sentido. Por exemplo, no caso de animais silvestres que, quando têm seu habitat natural invadido por humanos defendem seus territórios contra a ameaça - um comportamento natural e vantajoso evolutivamente. O animal não compreende que a pessoa está lá por diversão e não para ameaçá-lo. Sendo assim, a responsabilidade pelo ataque é da própria vítima, já que ela não se atentou e/ou propositalmente perturbou o animal.

Seria, obviamente, adequando defender a vítima do ataque e intervir, talvez causando a morte do animal se o ataque estiver em andamento. Entretanto, caso o ataque já tenha sido realizado e a vítima escapado ou sido morta, não faz sentido recorrer ao abate. Logo, o mais adequando a se fazer nessa situação é deixar o animal em paz e avisar a população sobre sua presença no espaço natural, e não matá-lo por ter seguido instintos perfeitamente naturais e importantes.